Estou a escrever este post depois de ter visto na TVI uma reportagem sobre o denominado "homem grávido" e, depois de ouvir uns tantos comentários menos agradáveis a este respeito, decidi deixar aqui a minha opinião.
Na reportagem, o "homem grávido" ou melhor o transsexual Thomas Beatie contou a história da sua vida e, em especial, desta gravidez, relatando também as ameaças de morte, ora por carta ora por telefone, que recebia diariamente dos quatro cantos do mundo. Chamaram-lhe tudo desde "freak", "aberrração" e, inclusive, desejaram que ele e o seu "rebento demoníaco" morrecem aquando do parto.
Questiono o direito destas pessoas a intrometerem-se e ameaçarem a vida desta família. Questiono o porquê de tanto preconceito sexual no mundo. Será que duas pessoas normais, que se amam e que desejam constituir uma família, um lar, com amor e carinho, só porque são ambas do mesmo sexo à nascença, têm menos direito à procriação do que um casal composto por um homem e uma mulher?
Depois de anos de luta, em todo o mundo, pelo direito à igualdade, fosse entre homens e mulheres, ou entre brancos e negros, porque não compreendem as pessoas que um homossexual ou transsexual tem os mesmo direitos que um heterossexual? O que é que nós - heteros - temos em especial para nos sentirmos superiores e com mais direitos que uma pessoa que gosta de outras do mesmo sexo?
Acho que este assunto deveria ser profundamente debatido na sociedade portuguesa e, neste sentido, estou de pleno acordo com José Sócrates em relação à liberalização do casamento homossexual. Muitos dizem que não é a altura certa para discutir este assunto devido à crise económica e financeira que atravessa todo o mundo. Tudo bem, a crise é deveras importante. Mas, será que devemos continuar a adiar uma discussão tão importante para milhares de pessoas, agora em nome da crise económica, daqui a uns tempos em nome de uma outra crise e assim por diante? Acho que chegou o momento para tal discussão até porque quem começou a crise não foi a comunidade homossexual ou transsexual e eles, tal como a maioria dos portugueses, não têm de adiar ou prejudicar a sua vida devido a ganâncias e ambições desmedidas de senhores de fato e gravata que, pela caluda e de mansinho, conseguiram arruinar a vida financeira, social e educativa de centenas de países, prejudicando milhares de pessoas e deixando o mundo num caos como há muito não se via.
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